Mais um livro do Paulo Coelho cheio de símbolos e sinais, e pela primeira vez ele traz, inclusive, o Jung para a história (sim, Carl Gustav Jung, da psicologia analítica).
Em A bruxa de Portobello, Coelho conta a história de Athena por meio de relatos e memórias de outros personagens. De início confesso que essa estrutura narrativa parecia meio lenta e sem graça, mas conforme os temas foram ganhando forma e fui conhecendo mais a protagonista, as coisas mudaram de perspectiva.
E isso pode ser percebido pelo número de citações grifadas no meu livro, que por sinal foi baratinho (R$ 5,00 numa ponta de estoque em Curitiba). Uma das inúmeras passagens que gosto é essa aqui da página 240:
“Tenho medo de dar passos que não estão no mapa, mas, apesar dos meus terrores, no final do dia a vida me parece muito mais interessante”.
Com certeza é o tipo de situação que quero trazer mais para o meu dia a dia. E antes de qualquer coisa, gostaria de compartilhar um pensamento a respeito das leituras que tenho feito de Paulo Coelho, apesar de muitos não curtirem seu misticismo, ele é bastante simbólico, para aqueles leitores que conseguem pensar “fora da caixinha”, não ser tão racional, é provável que você encontre tantos “sinais” quanto eu nessa leitura, mas se for o contrário, talvez você veja apenas como uma história sobre uma mulher em busca de um sentindo para a sua vida, e isso também é lindo. Cada um extrai do livro aquilo de que necessita e sou grata por extrair, além de entretenimento, alguns ensinamentos.
Curiosidade: achei linda essa capa da Sant Jordi Asociados.
Autor: Paulo Coelho
Editora: Planeta
Ano: 2006
Páginas: 293