never mind, little kid

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Lembra de quando você era apenas um pinguinho de gente e tudo que cabia à você era sorrir, correr, pular, sonhar, obedecer pai e mãe e ir para a escola? Lembra dos medos, das inseguranças, das incertezas, que de uma hora para a outra se aproximaram de você e te assustaram com garras frias e escuridão? Lembra da briga que era internamente não saber quem levaria a melhor: os sorrisos ou os medos? Esqueça isso, pequena criança, eu sei que em algum lugar aí dentro você continua aquela menina risonha de anos atrás, no fundo nós nunca a perdemos, elas apenas se escondem um pouquinho. Apareça, menininha, deixa eu te contar uma coisa. Não é tão assustador crescer, a palavra agora é desafiador. A vida parece se assemelhar a um rio. Quantos rios você já visitou até hoje? Traga-os à sua lembrança, pequena, e então deixe eu te contar: às vezes a vida é como estar em um barco num rio a fluir a nosso favor, outras vezes a gente precisa ajudar a remar, colocar braços e fôlego para nos mover, em outras, ainda, encontramos alguém que reme conosco, e nas piores situações, o rio não flui com a corrente necessária, o remo quebrou e estamos sozinhos e tudo o que podemos fazer é pensar, pensar na melhor maneira de encararmos os desafios que se mostram diante de nós.